Desafio #12: Com Prazer e Sem Culpa

em terça-feira, 30 de dezembro de 2014


Para encerrar com chave de ouro, eis o último tema do Desafio Literário do Tigre: Guilty Pleasure (Prazer Culpado). Sabe aquele livro que você quer ler, mas não admite para ninguém. Que você lê, adora, mas fica quietinho, na sua, sem comentar nem recomendar aos seus amigos leitores? Então...


Na verdade, não é que me incomode de alguma forma admitir que leio esse tipo de livro. Longe disso, aliás! Não nego para ninguém que ela é uma das minhas autoras favoritas. Mas, de certo modo, é um prazer culpado resenhar (mais) uma história teen aqui no blog. Não que o livro – e principalmente a autora – não mereça...

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Desafio #11: Como Viver Uma História de Amor a Duzentos Anos de Distância

em quarta-feira, 3 de dezembro de 2014


O Desafio Literário de novembro teve um dos temas mais ricos de todos: autores nacionais; porque não há nada melhor do que valorizar o que é nosso, não é mesmo? Embora eu seja suspeitíssima para falar, posso garantir que o acervo brasileiro – seja de autores clássicos ou atuais – não fica devendo em nada aos estrangeiros.


Com o pequeno incentivo – na verdade, o pretexto – do desafio literário, passei à frente na minha fila de leitura alguns bons exemplos de como nossos autores podem nos surpreender. Alguns deles eu provavelmente resenharei em outro momento. Por hora, vamos ao escolhido da vez.


Creio que já aconteceu com muitas pessoas, de um dia se pegar pensando: “puxa vida, acho que nasci no século errado...”.
 Bem assim, às vezes, não é? Pois é...


Foi pensando nisso, que a autora paulista Carina Rissi – nova inclusa no meu hall de autoras queridas – criou o divertido romance Perdida – Um Amor Que Ultrapassa As Barreiras do Tempo.

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A Menina, Seu Amigo, e o Mestre

em sexta-feira, 28 de novembro de 2014



Quando a menina nasceu, o mestre já tinha percorrido grandes distâncias. Ele já tinha encenado o carinho, espalhado alegria, e colocado sorriso no rosto de uma infinidade de pessoas para quem a vida nunca esteve disposta a sorrir. Suas lições eram transmitidas todos os dias, e a alegria por ele disseminada provavelmente nunca perderia o encanto.

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Adorável Sedutor

em terça-feira, 25 de novembro de 2014



Ambientado na deslumbrante Veneza do século XVIII, o romance de Casanova é uma das histórias mais encantadoras da ficção, embora o personagem tenha sido inspirado numa pessoa real.

O filme de 2005 é uma deliciosa comédia romântica feita ao estilo de Shakespeare Apaixonado. O filme toma a liberdade de contar como seria a história de Casanova, caso algum dia ele se apaixonasse verdadeiramente por alguém, e que tipo de mulher seria capaz de roubar o coração do maior sedutor de todos os tempos.


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Desafio #10: Amor.com

em segunda-feira, 3 de novembro de 2014


Desta vez eu atrasei a resenha do Desafio Literário de propósito. Como outubro é o mês dedicado ao Halloween aqui no blog, achei que uma postagem açucarada iria destoar do restante.

Pois bem, agora que outubro já acabou, hora de entregar a lição de casa (metaforicamente, é claro).

O tema de outubro era Amor, e eu até poderia ter escolhido um romance que se encaixasse um pouco com o Halloween, como por exemplo, A Fera, de Alex Flinn, que tem no enredo uma bruxa, uma maldição, e claro, um belo romance – provavelmente, todo mundo já viu o filme –, mas o livro que eu tinha escolhido desde o princípio merece ser o eleito. Sobretudo por sua temática inovadora e moderna.

É certo que, mais do que nunca estamos vivendo num mundo virtual. Passamos mais tempo conectados – pelo computador, tablet ou celular – do que disponíveis no mundo real, seja por diversão ou por trabalho. É natural que, dentro deste novo contexto social, algumas pessoas também se tornem adeptas do namoro virtual. Acredite, nem os personagens dos livros estão imunes a isto.

Ao menos não os simpáticos personagens de @mor, do Daniel Glattauer.

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Halloween Tour

em sexta-feira, 31 de outubro de 2014


Se você procura um bom lugar para passar o Halloween, o Admirável Mundo Inventado traz ótimas dicas para você, desde destinos reais a lugares fictícios. Apertem os cintos, porque o Trem Fantasma já vai partir da estação.

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Os Monstros Estão à Solta

em terça-feira, 28 de outubro de 2014



Por causa do mês do Halloween, eu acabei desenterrando uma gangue inteira de monstros do fundo de algum baú empoeirado. Aliás, bota empoeirado nisso, porque nem me perguntem como foi que me lembrei desse filme...


Figurinha marcada da Sessão da Tarde no passado, esse filme de 1987 com certeza é uma boa lembrança da infância de algumas pessoas. É um filme clichê, com uma história bobinha, que mesmo sendo completamente previsível, cumpria muito bem o seu papel, que era o de divertir o espectador. Só não consigo imaginar na mente de que tipo de tradutor psicopata “The Monster Squad” se tornou “Deu a Louca Nos Monstros”.

O início do filme mostra o flashback de uma noite cem anos atrás. Era uma época de escuridão na Transilvânia. Uma época quando o Dr. Abraham Van Helsing e um pequeno bando de defensores da liberdade se juntaram para livrar o mundo de vampiros e monstros, e para salvar o mundo do mal eterno.



Eles falharam!


Comecinho encorajador, não acham?


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Quando Os Mortos Retornam Para Puxar o Pé... Ou o Gatilho Sobre Seus Assassinos...

em quinta-feira, 23 de outubro de 2014



Com uma trama macabra – dentro e fora das telas –, O Corvo, filme dirigido por Alex Proyas se tornou um clássico e uma referência do gênero de horror desde sua estreia.


A história do filme foi baseada nos quadrinhos homônimos de James O’Barr. Em 1978, a noiva do cartunista, Beverly, foi morta por um motorista bêbado, e a partir daí, O’Barr criou sua série em quadrinhos, usando a vingança do protagonista como um meio de lidar com sua tragédia pessoal.


Mal sabia O’Barr que a adaptação de sua obra para o cinema também resultaria em outra tragédia.


O filme ficou marcado nas páginas negras da história do cinema pelo acidente ocorrido durante as filmagens, e que resultou na morte precoce de seu protagonista, o ator Brandon Lee, filho do maior mito das artes marciais no cinema, Bruce Lee. Em várias cenas ao longo do filme, o personagem de Brandon era baleado, mas numa delas, uma bala esquecida no cano da pistola encerraria cedo demais a vida de seu promissor intérprete. Algum tempo após o lançamento do filme, surgiram rumores de que a tétrica cena em que o ator foi baleado foi incluída na edição final, embora essa informação jamais tenha sido confirmada por ninguém envolvido na produção, e realmente seja pouco provável. O ator Michael Massee, intérprete de Funboy, contou numa entrevista, anos depois, que foi ele que, sem saber, disparou o tiro que matou Brandon, numa cena em que seus personagens se confrontam – coincidência ou não, na cena em que o personagem de Brandon foi assassinado.


Como a morte do ator aconteceu pouco antes da conclusão das filmagens, eles gravaram as cenas que faltavam com um dublê, e refizeram a cena do assassinato do personagem, excluindo o trágico disparo da cena, e aproveitando o aspecto obscuro da produção, mantiveram seu rosto escondido nas sombras.


Mas para além da tragédia, o filme também ficou marcado pela impecável interpretação de Brandon Lee do personagem Eric Draven, o líder de uma banda de rock que não conseguiu descansar em paz, e precisou retornar dos mortos, carregado pela fúria, pela dor da injustiça, e pelo eterno amor de Shelly, cujo sofrimento e morte ele desesperadamente precisava vingar.


Aliás, o sobrenome do personagem, Draven, é uma referência ao poema de Edgar Allan Poe, The Raven (O Corvo), que claramente foi uma das inspirações para a história.


E embora o enredo do filme não seja exatamente original, nem tenha essa pretensão, ele cativa tanto pelo universo gótico, quanto pela força e o desejo de justiça do protagonista, que em alguns momentos beira a insanidade. Mas principalmente, o filme cativa por Brandon Lee. Sua atuação é simplesmente irrepreensível. Ele empresta toda a fúria, a melancolia, a força e a sensibilidade necessárias ao personagem, sem exageros nem omissões. Até a postura escolhida por Brandon para dar vida ao personagem depois de retornar do túmulo faz lembrar um pássaro: na maneira de andar, de sentar, de se mover e de se comportar. E o olhar... Ah, o olhar de Eric Draven, é simplesmente impossível descrever. Ele tem a fúria e tem a dor, a vítima e o assassino, o anjo e o demônio, o amor e o ódio. Todas as palavras do mundo podem ser ditas naquele olhar. Uma atuação primorosa, que infelizmente, uniu Eric Draven, na arte e na morte, para sempre a Brandon Lee.
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Admirável Torturador

em quinta-feira, 16 de outubro de 2014



O tradicional mês do Halloween aqui no blog, mais uma vez, se inicia com ele, o grande Mestre do Horror: Edgar Allan Poe!

Em outras oportunidades, eu resenhei aqui seu conto O Coração Delator, e o poema O Corvo – provavelmente a obra-prima do escritor. E desta vez, falarei de um de seus contos mais assombrosos. Eu os convido a conhecer a inexorável câmara de tortura dos condenados à morte pela Inquisição, e penetrar a mente perturbada de um homem que jaz em agonia, esperando para descobrir quando e como será executado.

Macabro, não acham? Pois é... Mas somente Edgar Allan Poe era capaz de prender a atenção do leitor numa trama tão funesta, a ponto de, mesmo com horror, não conseguir abandonar a história até que chegasse ao ponto final.


O Poço e o Pêndulo é narrado em primeira pessoa, pelo homem que foi condenado à morte pela Inquisição, em Toledo, Espanha. Ele acorda de repente no escuro, numa câmara que ele não consegue dimensionar, e sem saber exatamente o que esperar, temendo a princípio, que tenha sido sepultado vivo. A única coisa que ele consegue descobrir naquele lugar tenebroso, na escuridão, é a borda de um poço, e deduz que uma das intenções dos inquisidores era justamente que se atirasse ou acidentalmente caísse nele, e como um covarde, abreviasse o sofrimento que logo viria. O protagonista, no entanto, não opta por esta saída. Mas então, como para ampliar ainda mais seus temores, ele é dopado e amarrado a uma armação de madeira, e só algum tempo depois ele percebe, muitos metros acima dele, o movimento monótono de um pêndulo, em cuja ponta há uma lâmina afiada, balançando e descendo muito lentamente em sua direção.

Numa trama de intensa e horrível tortura psicológica, Edgar Allan Poe nos faz conhecer a insuportável agonia de um homem que, sabendo que não há como escapar da morte, tenta se agarrar o máximo que pode à vida, adiando o quanto for possível o inevitável fim, descobrindo que seus executores pensaram, para cada tortura vencida, numa maneira ainda mais cruel e abominável de matá-lo. Com um clímax emocionante!

E a assinatura de um dos maiores escritores do século XIX.


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Desafio #9: Vida Louca Vida – Infelizmente – Vida Breve

em terça-feira, 30 de setembro de 2014



O desafio de setembro tinha o nome dele gravado desde que vi a convocação. Guardei o livro com o maior carinho, dei várias espiadinhas ao longo do ano, li trechos, mas soube esperar. O tema música não podia ser, para mim, sobre outro artista, senão Agenor de Miranda Araújo Neto, ou mais propriamente, Cazuza.



O livro Cazuza – Só As Mães São Felizes é um relato concedido por sua mãe, Lucinha Araújo, à jornalista Regina Echeverria, sete anos após a morte deste, que foi um dos maiores poetas da música brasileira. Um dos maiores, porque não se pode menosprezar o trabalho de outros compositores; porém, seu estilo de poesia, seus versos, e a maneira como ele reescreveu a história do rock brasileiro, o tornaram um artista único.

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Já Colou!

em terça-feira, 23 de setembro de 2014




Não dá para negar: sitcom é um formato de comédia para TV que nunca vai ficar ultrapassado. E a televisão brasileira é mestra em emplacar sitcons de sucesso. Tempos atrás eu falei aqui no blog sobre Sai de Baixo e Toma Lá Dá Cá, provavelmente os sitcons de maior sucesso no Brasil (além de A Grande Família, é claro), e agora chegou a vez de falar do programa que foi a melhor estreia do ano passado, e que atualmente está no ar com sua segunda temporada no canal a cabo Multishow.


O próprio nome do programa já dá o tom da aposta: Vai Que Cola! Com grandes nomes da comédia brasileira no elenco, e totalmente inspirado em humorísticos consagrados, como os já citados Sai de Baixo e Toma Lá Dá Cá – programas gravados ao vivo diante de uma plateia –, Vai Que Cola com certeza colou, e conquistou o público da emissora, tornando-se o programa brasileiro de maior audiência da TV por assinatura em 2013.

A história se desenrola numa pensão no Méier, zona norte do Rio de Janeiro, onde o malandro Valdomiro Lacerda (Paulo Gustavo, de Minha Mãe é Uma Peça) se refugiou, após participar e se tornar bode expiatório de um famigerado golpe na Beta Engenharia, empresa da qual era sócio, e que deveria ter construído um abrigo para velhinhos, projeto este que não foi realizado, pois Valdomiro e outros sócios passaram a mão na verba. No entanto, os comparsas de Valdomiro também passaram a perna no malandro, sumiram no mundo com o dinheiro roubado, e o deixaram para trás para levar a culpa da falcatrua.


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Desafio #8: O Livro Que Nunca Será Recomendado Por Professores

em sábado, 30 de agosto de 2014



Admito que esperava ansiosamente pelo desafio literário de agosto. Afinal de contas, quem não adora uma boa comédia?


Já tinha preparada minha lista de leitura desde janeiro, e de última hora acabei incluindo alguns títulos não planejados. Diferentemente da maioria dos desafios anteriores, desta vez acabei lendo, não um, mas seis livros! Foram eles:



* Antes Mal Acompanhada Que Solteira – Wendy Markham

* Os Delírios de Consumo de Becky Bloom – Sophie Kinsella (que já estava na minha lista de leitura há séculos)

* Como (Quase) Namorei Robert Pattinson – Carol Sabar

* Procura-se Um Marido – Carina Rissi

* Melancia – Marian Keyes



Não necessariamente nessa ordem.


Mas para a resenha do desafio, escolhi o menos ortodoxo. Um livro que, eu espero, não seja lido por nenhuma mente diabólica em idade escolar. Um livro que, contrariando toda e qualquer regra, nenhum professor em sã consciência incentivaria a leitura. Um livro que poderia gerar inúmeros protestos de professores politizados em todo o país. Enfim, um livro que os pais jamais usarão para educar seus filhos.


Primeiro, vamos falar um pouquinho do autor: ao contrário do habitual, a biografia não ressalta seus méritos acadêmicos e profissionais - por exemplo: Fulano de Tal, se formou em comunicação social, e atualmente elenca o hall dos mais reconhecidos apresentadores de uma importante emissora de TV do país. Não! Esta definitivamente não é a apresentação destacada na obra. Sua biografia nos relata que ele acumulou 78 assinaturas no livro negro, 12 suspensões e 1 expulsão em seu histórico escolar; ressalta ainda os percalços de sua vida profissional, como, por exemplo, ter sido expulso de empregos, de um zoológico, e do Congresso Nacional em Brasília, e que semanalmente, toma advertências de seu chefe no programa. Mas apesar de tudo isso, ele ajudou a erguer o cenário da Comédia Stand-up no Brasil.


Então, acho que já dá para perceber de quem estou falando, e o tipo de livro que estou prestes a comentar...


Porque, afinal de contas, se era para falar de um livro engraçado, como ignorar a obra-prima de um dos maiores comediantes do Brasil?

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Uma Noiva Para Dois Irmãos

em quarta-feira, 20 de agosto de 2014



Imagine uma mocinha solitária, que por acaso é a melhor funcionária do serviço de trens de Chicago, e que da noite para o dia tornou-se noiva de um homem rico e bonito. Seria uma espécie de conto de fadas, não é mesmo? Exceto que, o bonitão não faz a menor ideia de quem ela seja.

Protagonizado por Sandra Bullock (minha atriz favorita, desde sempre), Enquanto Você Dormia é uma comédia romântica leve, divertida e definitivamente incansável (eu sei que já assisti vezes suficientes para saber mais da metade dos diálogos de cor – para não dizer todos!), e por mais que o tempo passe, este continua sendo um dos meus filmes favoritos.


Tudo começa em uma manhã gelada na semana do natal. Lucy está entediada em seu guichê na estação de trens de Chicago, recolhendo as fichas dos passageiros, quando é surpreendida por um cumprimento simpático. Um dos passageiros, ao depositar a ficha em seu guichê, aproveita para lhe desejar um feliz natal. Mas não é qualquer passageiro: é o bonitão que pega o trem todas as manhãs, por quem Lucy nutre uma paixão platônica desde que o conheceu. A mocinha fica tão abobalhada que não consegue responder à saudação tão gentil de seu homem dos sonhos.



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Desafio #7: Paixão Pra Vida Inteira

em quinta-feira, 31 de julho de 2014



Tudo começou numa tarde em 1968. Não houve flerte prolongado. Apenas uma contemplação profunda, um interesse cativante, a agonia de um segundo; apenas isso bastou para nascer uma genuína paixão no coração daquele garoto de onze anos.


Foi seu pai quem os apresentou. Ele relutou, mas não demorou muito, teve que ceder. Não é atrevimento nenhum dizer que foi o sofrimento que os uniu, embora aquela agonia guardasse em si uma miríade de alegrias fortuitas e orgulho apaixonado.


A partir daquela tarde de 1968, sua vida foi irrevogavelmente mudada. Ele nunca mais conseguiu deixar de pensar em sua paixão. Remoía cada momento, cada lance, cada detalhe de cada encontro por horas, sentindo-se intimimamente abobalhado. E mesmo depois de décadas de sofrimento – mais sofrimento que alegrias, verdade seja dita – a paixão permaneceu como no primeiro dia.


Parece que estou narrando uma história de amor, não é mesmo? Bem, de fato. Mas não é o amor comum de um homem por uma mulher; este é o amor apaixonado de um torcedor pelo seu time do coração.


O desafio de julho foi o mais trabalhoso no quesito escolher um livro. Veja bem, nada contra o tema, mas ler sobre esportes ou esportistas não parecia uma ideia muito promissora (considerando o gosto pessoal da leitora que vos fala). Não tenho muita paciência para ler biografias (salvo raras exceções), e não conseguia me imaginar lendo qualquer coisa que me fizesse lembrar um manual de basquete ou de vôlei, por exemplo.


Tentei fugir de lugares-comuns (duas biografias do Neymar flertaram comigo nos corredores da livraria Saraiva; outra de Pelé; outra de Garrincha – para citar apenas alguns exemplos). Coloquei na cabeça desde que vi esse desafio na lista que eu iria ler um livro sobre futebol. Não porque era mês de Copa do Mundo; nem porque foi sediada pelo Brasil; simplesmente porque eu amo futebol!


A única coisa que poderia me fazer mudar de rumo seria uma biografia de Ayrton Senna (olha uma das exceções aí!). Mas como esta preciosidade não me caiu às mãos desta vez, fica para a próxima oportunidade.


Num momento de desespero, quando eu não encontrava nada que me interessasse nas prateleiras, pensei em escrever a resenha sobre o livro curinga que eu já estava lendo: Clube da Luta. Não que esse livro tenha grande ênfase no esporte, mas partindo do conceito de que lutas (completamente fora do contexto apresentado no livro) são esportes, disputam olimpíadas e tudo mais, até poderia servir.


Felizmente, eu achei outro livro para a resenha do desafio.


E nem precisei ir muito longe. Quem diria, que a garota que estava fugindo de lugares-comuns acabaria cedendo a um grande clichê do futebol?


Bem, clichê sim, mas empolgante com certeza!



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Desafio #6: Querido Autor...

em segunda-feira, 30 de junho de 2014



O desafio de junho parecia ser o mais fácil de todos: escolher uma obra inédita para mim de um autor querido. Pois é, parecia...


Mas vejam o problema: como escolher um dentre tantos autores que eu amo?


Decidi ser criteriosa. Não queria repetir autores de desafios passados, mas queria algo que dificilmente seria resenhado este mês por outros blogueiros que estão seguindo o desafio.


Foi então que me caiu às mãos este livro (curtinho, na verdade), de um dos meus autores favoritos, e que eu francamente não conhecia.


Eu sou fã assumida dos autores clássicos – especialmente aqueles que viveram no século XIX; não sei se aquele século realmente foi de boa mão para os escritores, mas as melhores histórias que eu conheço foram escritas nesse período, e eu definitivamente não acredito em coincidências –, dentre os quais posso citar Arthur Conan Doyle (o pai de Sherlock Holmes), Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Robert Louis Stevenson, entre outros. E embora eu tenha citado uma maioria de autores britânicos nessa lista, há um autor francês deste período (membro de outra longa lista de autores franceses) que eu admiro em duas gerações: Alexandre Dumas.


Digo duas gerações porque Alexandre Dumas PAI foi o autor de Os Três Mosqueteiros, O Conde de Monte Cristo, Os Irmãos Corsos, As Aventuras de Robin Hood, e muitos outros livros que eu adoro; e Alexandre Dumas FILHO foi o autor do maravilhoso A Dama das Camélias (para citar apenas a referência mais famosa).


Então, enquanto procurava uma leitura para o desafio deste mês, tive um encontro sombrio com uma certa “Dama Pálida”.


Alexandre Dumas PAI escreveu essa obra em 1849. Na verdade, não é bem um livro, mas um conto sobrenatural, não tem nem 40 páginas, portanto é uma leitura rápida, mas tão prazerosa quanto os grandes romances do autor.




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Galeria Chespirito #5: O Supergênio Através do Tempo

em sábado, 28 de junho de 2014



Era o ano de 1970. Um talentoso ator e roteirista de comédia de uma importante emissora mexicana criava um novo programa para a grade, sem jamais prever que quarenta anos depois seus personagens ainda estariam tão vivos na cultura de tantos países, e que ainda seriam tão queridos e admirados. Crianças, jovens, velhos; gerações de pessoas acompanharam e acompanham até hoje esse sucesso, que provavelmente nunca irá se desgastar.

Era 1970, quando ia ao ar pela primeira vez o programa criado pelo “supergênio da mesa quadrada”, Chespirito (Roberto Gomez Bolaños).


Em mais de vinte e cinco anos de programa, Bolaños criou inúmeros personagens que se tornaram ícones da comédia mundial. Alguns são bem famosos aqui no Brasil, outros nem tanto, e alguns permanecem inéditos para nós (exceto para os que, como eu, assistiram os esquetes com áudio original em espanhol na internet – valeu YouTube!).


OS SUPERGÊNIOS DA MESA QUADRADA

Primeiro quadro do programa, que foi ao ar entre 1970 e 1972, era uma sátira das tradicionais “mesas redondas”. A “mesa quadrada” era composta por Dr. Chapatin, Ramón Valdés, Maria Antonieta de Las Nieves e Professor Girafales – teoricamente o primeiro personagem do famoso programa Chaves del Ocho a ser criado por Bolaños, embora ele tenha feito sua estreia no quadro apenas em 1973.


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Galeria Chespirito #4: Esse Esquete é Para Morrer... de Rir!

em domingo, 22 de junho de 2014



Este é disparado o meu esquete favorito do Bolaños. É uma pena que tenha durado tão pouco.

Ele nasceu bem no finalzinho do Programa Chespirito, em 1994, e teve exatos sete maravilhosos episódios. Dom Caveira (no original Don Calavera) deu uma pitada de humor negro ao programa, contrabalanceando com as comédias já consagradas de Chômpiras e do “Cidadão Gomez” Chespirito.



O esquete é protagonizado por Carlos Vieira, dono da funerária Pompas Fúnebres, que ganhou do funcionário Celório o apelido de Seu Caveira. Ele é um homem viúvo, que embora sinta muita falta da esposa, a amada Desdêmona, tem um fraco por belas viúvas, empregadas de viúvas e por xícaras de chocolate – não necessariamente nessa ordem.


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Galeria Chespirito #3: Da Mesa Quadrada à Medicina

em quarta-feira, 11 de junho de 2014



Esse personagem pode ter sido o precursor de muitas séries de sucesso. Se é um assombro saber que House é um médico ranzinza e viciado em drogas e mesmo assim deu certo num programa de TV, o que dizer de um médico velho e ultrapassado, que aprendeu a operar usando como cobaias as múmias do Egito? Um médico, cujo maior atrativo é o fato de ser o mais barato da cidade. Um médico cuja especialidade é cobrar adiantado. Um médico que hoje em dia eu suspeito que seja velho amigo do Félix de Amor à Vida (saudade? Já?), pois se o último salgou a Santa Ceia, o primeiro era conhecido por ter servido bolinhos no mesmo evento. Um médico que, segundo boatos, já era ancião quando o Mar Morto ainda era Mar Moribundo...

Enfim... Acho que já deu para entender, e perceber de quem estou falando.


Mas suas primeiras aparições aconteceram num lugar muito diferente de um consultório médico.

Num passado remoto, o Dr. Chapatin foi âncora no quadro “Os Supergênios da Mesa Quadrada”, ao lado de Maria Antonieta De Las Nieves, Ramón Valdés e Ruben Aguirre. Era o ano de 1970, o primeiro do Programa Chespirito.



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Galeria Chespirito #2: Parece Uma Pessoa Normal...

em sábado, 7 de junho de 2014



Em 1980, após o cancelamento das séries de inigualável sucesso Chaves e Chapolin, Roberto Gomez Bolaños retornou ao projeto que deu origem a elas: o Programa Chespirito.

O humorístico era composto por quatro ou cinco (às vezes seis) esquetes de diversos personagens criados por Bolaños, entre eles, os dois ícones que se tornaram sucesso mundial, Chaves e Chapolin, mas agora com histórias curtas, de cerca de dez minutos cada. Os outros esquetes incluíam Dr. Chapatin, Chômpiras, o ladrão aloprado que era carregador de malas num hotel, de quem eu já falei aqui, e outros esquetes de personagens sem nome, classificados simplesmente como Chespirito.

Um dos mais divertidos desde o princípio desse novo Programa Chespirito era, sem dúvida nenhuma, o Pancada Bonaparte (ou Chaparrón Bonaparte, dependendo da dublagem). No México, o esquete era intitulado “Los Chifladitos”.


O personagem, como o próprio nome diz, era um sujeito pancada das ideias. O sobrenome Bonaparte também é curioso, pois Napoleão Bonaparte, imperador da França também foi considerado louco por muitos, e várias sátiras no programa Chapolin mencionaram que todo louco se diz Napoleão.



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Galeria Chespirito #1: Trapalhadas No Hotel

em quarta-feira, 4 de junho de 2014

     Quando se fala nos programas relacionados ao Chaves e ao Chapolin, uma única emissora vem a mente de todos os brasileiros: SBT. O que muita gente ignora é que o SBT não foi sempre a única emissora a exibir os programas criados por Roberto Gomez Bolaños.
     Em 1997, a CNT Gazeta (hoje apenas Gazeta) exibiu a temporada de 1993 do programa Chespirito. O programa não tinha os personagens Chapolin e Chaves. Eram esquetes do personagem Chômpiras, o ladrão que trabalha como carregador de malas num hotel. No México, o esquete ficou conhecido como “Los Caquitos”.

     A série, apesar de não trazer os personagens mais famosos de Bolaños, era tão divertida quanto Chaves e Chapolin. Vamos recordar um pouco essa galera:



     A série era protagonizada por Chômpiras, o ladrão que, num passado distante foi o atrapalhado companheiro de crimes de Peterete, personagem de Ramón Valdés, que andava imitando os passos da pantera cor-de-rosa.

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Desafio #5: Matando Um Tigre Por Dia... Digo...

em sábado, 31 de maio de 2014



O tema “Bichos” me deixou um pouco desanimada. Nada contra os bichos nos livros, apenas não parecia motivador o bastante para este desafio. Talvez, por isso mesmo, seja um “desafio”.


Nos tópicos anteriores, quando vi os temas já pensei numa escolha fácil. Quer dizer, mais ou menos. O primeiro, “Na Estante”, foi fácil, o livro já estava na pilha há séculos; o segundo não me fez perder muito tempo, vi a capa rosa com o rapaz ajoelhado diante da garota, com uma rosa e um violão na mão, com cara de “perdão, amor, eu sei que eu fiz merda”, e ela com cara de “é, fez mesmo!”, e tive certeza de que seria uma leitura agradável, o que, de fato, foi; o terceiro eu tinha escolhido P.S. Eu Te Amo, mas vi Psicose e mudei de ideia na hora; o quarto eu até balancei com A Culpa é das Estrelas, mas depois de ver O Chamado do Cuco, John Green que fique para depois!


Mas esse tema de maio não me deixou muito animada. Cheguei a pegar “O Chamado Selvagem” na mão, afinal, a segunda vez (que se lê um livro) é ainda melhor, mas enrolei alguns dias, tentando achar algo mais inédito. “A Saga do Tigre”, da Colleen Houck me chamou atenção, mas com tanta coisa para fazer eu tinha certeza de que não daria conta de uma quadrilogia em um mês, ou mesmo dois, e não gosto de deixar sagas inacabadas, porque quando eu pego o livro seguinte algum parágrafo me dá a impressão de ter perdido o fio da meada. Prefiro tratar as sagas como “histórias”, e ler tudo em sequência, em vez de ficar esperando pela “próxima temporada da série”.


Para resumir a ópera, vi “Floresta dos Corvos”, e acabei pegando “As Aventuras de Pi” (claro que Floresta dos Corvos está bem posicionado na minha pilha de “para ler em 2014” – Deus abençoe quem inventou o livro digital, que é mais barato, fácil de guardar e levar por aí, e me poupa a vergonha de admitir que ainda não li vários títulos da minha biblioteca pessoal. Afinal, o dia só tem 24 horas, o tempo não para, e embora eu tenha dois olhos, um único cérebro para processar tudo de uma vez! Risos).

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É Mágica? Ou Uma Coincidência Verdadeiramente Genial?

em segunda-feira, 26 de maio de 2014


Vamos a mais uma sessão nostalgia no Admirável Mundo Inventado. Desta vez sobre duas séries de TV muito parecidas, que abordavam basicamente o mesmo tema, fizeram sucesso na mesma época, e que sempre foram exibidas juntas, como se uma completasse a outra – e talvez completem mesmo.

É verdade que as duas séries eram tão maravilhosas individualmente que mereciam ganhar cada uma a sua própria postagem. Todavia, falar de uma sem mencionar a outra é tarefa para Tom Cruise: uma Missão Impossível!

Principalmente porque essas duas séries nos remetem àquela questão primordial “quem veio primeiro? A galinha ou o ovo?” “A Feiticeira ou Jeannie é Um Gênio?”.

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Não Toque o Fruto Desta Árvore!

em quinta-feira, 15 de maio de 2014



São raríssimos os poemas que me agradam, confesso. Os românticos, principalmente, são os que mais me custam ler (e sobretudo escrever!), com exceção de dois ou três de Vinícius de Moraes, Luís de Camões e Cecília Meireles.

Mas às vezes algum poema de outro tema acaba me chamando atenção.

Tenho visto muitas publicações de novos poetas espalhados pela web que fariam cair o queixo dos renomados, mas o que vou citar agora é um clássico.

Publicado em 1794, na antologia “Canções da Inocência e da Experiência”, o trabalho mais conhecido de William Blake, que revela dois estados contrários da alma humana, este poema é a metáfora perfeita ao veneno que pode ser cultivado na alma do homem:


A ÁRVORE ENVENENADA
[William Blake]

Sentia raiva de um companheiro
Confessei o ódio, o ódio se foi inteiro.
Sentia raiva de um inimigo
Fiquei calado, o ódio vi crescido.
E o reguei de alma sombria
Com meu pranto noite e dia
E escondido sob sorrisos gentis
E com corteses, enganosos ardis.
E cresceu noite e manhã
Até florescer luzente maçã
Ao ver o brilho que ela tinha
O inimigo sabia que era minha

E foi ao meu jardim roubar
Quando a noite velou o pomar
Bem cedo vi, com agrado
O inimigo sob a árvore estirado

(Traduzido por: Talita Vasconcelos)

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