Retrospectiva 2016 do Admirável Mundo Inventado

em sábado, 31 de dezembro de 2016



Todos os anos, desde que comecei a escrever esse blog, eu faço uma listinha (não tão inha assim, na verdade) dos assuntos que eu gostaria de postar naquele ano que se inicia. Frequentemente, porém, eu não consigo postar um terço do que eu gostaria. Os motivos são muitos: correria do dia a dia, contratempos que vão aparecendo ao longo do ano, e minhas postagens de filmes e séries principalmente despendem muito tempo para serem preparadas, e há uma lei de Murphy que tem a horrível mania de me perseguir, que diz que tudo sempre leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível. O resultado é que boa parte da minha lista de planos para um ano do blog acaba sobrando para o ano seguinte, e às vezes para o posterior também.

Por exemplo, esse ano, eu tinha planos de postar reviews de mais seis filmes, dos quais quatro já estão com as postagens escritas, mas ainda não consegui montar todas as fotos. Ficam para o ano que vem. Também tinha planejado quatro episódios natalinos de séries e desenhos animados, que também vão ficar para o próximo ano. Sem falar nas sequências de Once Upon a Time, nas reviews de The Vampire Diaries e The Originals que eu venho procrastinando há dois anos, sem terminar de montar as fotos, e outras séries que continuam nos planos; nas listas estilo TOP 10 de diversos assuntos; e várias outras coisinhas que não tive oportunidade de postar esse ano. Ou melhor, não tive tempo de postar esse ano.

Então, ao invés de preparar uma nova lista com tudo o que quero postar em 2017 – que herdará diversas sobras da lista de 2016 –, vou fazer uma retrospectiva de tudo o que rolou esse ano no Admirável Mundo Inventado. Porque, apesar de todos os contratempos, 2016 acabou sendo o ano mais movimentado desde que eu comecei a escrever o blog: teve o maior número de postagens, e também a maior interação com os leitores.

Preparados para relembrar o que rolou esse ano no blog? Então, vamos lá:

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Se Contar, Ninguém Acredita No Que Aconteceu Nesse Natal – Parte 3: A Festa de Natal dos Viciados em Banana

em sábado, 24 de dezembro de 2016

Por Talita Vasconcelos
*Leiam a parte 1 e a parte 2*
Saí do quarto assim que senti que estava pronta, e coloquei o presente do meu amigo secreto embaixo da árvore de natal, num canto da sala, ao lado dos presentes comprados pela Cristiana, pela Valentina, pelo Pedrão e pelo Ivan. Notei que tinha um presente a mais embaixo da árvore. Deduzi que mais alguém havia chegado enquanto eu me maquiava. Talvez estivesse no banheiro.
Valentina estava desenformando a rosca de nozes quando me voltei para a cozinha.
– Essa ficou perfeita – anunciou ela, tirando as luvas térmicas. Regou a guloseima com uma calda de coco que tinha preparado enquanto a primeira rosca estava assando, e que ficou o dia inteiro esfriando sobre a mesa, terminou de decorar com pedacinhos de morangos frescos, e colocou-a com todo cuidado na bancada, ao lado da sobremesa do Ivan, que agora eu percebia que era uma espécie de bolo ou pavê, provavelmente de chocolate, com glacê escuro e frutas vermelhas.
Enfim, não entendi bem o que era, mas aquilo animou meu estômago. Gosto de falar da draga da Cristiana, mas de vez em quando preciso policiar a minha.
Falando nela, também escolheu esse momento para surgir na sala, e também teve a atenção imediatamente furtada para a nossa bancada de sobremesas. A Cristiana, quero dizer, não a draga. Ou talvez, as duas.
– Hum... Ivan, essa coisa dá água na boca só de olhar – disse Cristiana, hesitando em chegar perto. O dia certamente não precisava de mais desastres. – Garoto, peça-me quantas xícaras de açúcar quiser, que um dia vou te pedir em casamento.
– Deixa o Pedrão ouvir isso! – comentei, dando uma risadinha.
– Tenho certeza de que ele nunca vai ter ciúme dessas sobremesas – disse Cristiana, ainda concentrada nas delícias sobre a bancada.
– Tem mais alguém aqui? – perguntei, ainda pensando no presente a mais que vira ao pé da árvore de natal, muito mais modesta que a do Seu Nosferatu.
Ouvimos a campainha.
– Agora tem – disse Ivan, enquanto Valentina abria a porta.
– Oi, linda! – disse Leandro, parado na porta, com o presente do amigo secreto escondido atrás do batente. – Você me quer embrulhado ou eu posso começar a me livrar de toda essa produção?
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Se Contar, Ninguém Acredita No Que Aconteceu Nesse Natal – Parte 2: Lei de Murphy N°890 – Nunca Subestime a Capacidade do Azar

em sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Por Talita Vasconcelos

A partir daí, nosso dia passou a ser governado pela lei de Murphy que diz que se alguma coisa puder dar errado, dará; e dará na pior hora, e da forma que cause o maior dano possível. A decoração do apartamento estava ok – aliás, estava pronta desde o início de dezembro. Todo o resto, no entanto...
Ficou combinado que cada um dos convidados traria um prato para a ceia, então, basicamente, só tínhamos que nos preocupar com a nossa parte, que consistia do purê de batatas e das batatas que eu pretendia assar para acompanhar o peru – este, comprado pelo Casanova; mas como ele não fazia ideia do que fazer para deixá-lo dourado e suculento, acabamos nos oferecendo para assá-lo, assim, pelo menos, era certeza de que não comeríamos o bicho cru. E também resolvia o problema de ter que atravessar um pedaço de São Paulo com um peru assado no banco de trás do carro em plena véspera de natal. Assim não se corre o risco de ter o carro depredado no sinal e acabar chegando aqui só com o rabicó do bicho. Não que isso já tenha acontecido com alguém que eu conheça, mas nunca se sabe...
E Cristiana ainda iria fazer a sopa especial de vegetais, receita da avó dela, que, por tradição de família, garantia a quem comesse um feliz natal. Diz a lenda que havia um ingrediente secreto na sopa que garantia essa tal felicidade, mas, seja lá o que for, não parece ter tido qualquer efeito em mim nos anos anteriores. A menos que tenha sido camuflado pelo vinho tinto, né... Vai saber.
Nós já tínhamos temperado o peru na noite anterior, e eu usara o mesmo tempero nas batatas, que teria que assar separado, porque não caberia tudo de uma vez no nosso forno. Mas antes que pudéssemos ter a chance de colocar qualquer coisa para assar, Valentina, uma das convidadas da noite, que mora no andar de cima, apareceu com o primeiro contratempo: ela tinha prometido trazer uma rosca de nozes – que deixou todo mundo com água na boca no natal do ano passado, salivando por mais um pedaço –, porém o forno dela escolheu justamente a véspera de natal para dar o último suspiro. Então ela trouxe os ingredientes, e pediu para assar a rosca no nosso apartamento.
Até aí, tudo bem; era só uma questão de organizarmos os horários, e tínhamos tempo de sobra para preparar tudo. Mas aí, enquanto eu colocava as batatas para assar – decidi assar primeiro as batatas, pois a forma era menor, e caberia a assadeira da Valentina ao mesmo tempo, o que nos deixaria com tempo de sobra para dar um bronze no peru até às oito da noite – o segundo infortúnio apareceu.
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Se Contar, Ninguém Acredita No Que Aconteceu Nesse Natal – Parte 1: Parece Que Nem Todo Mundo É Filho de Papai Noel...

em quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Por Talita Vasconcelos
Natal é uma das minhas datas favoritas no ano, porque é sempre aquela época em que você deixa tudo de lado e se permite aproveitar a vida, e cometer todos os excessos que não cometeria normalmente, ao seu bel prazer: tira folga do trabalho, ou férias coletivas – a menos que trabalhe no comércio –, dá uma trégua na dieta, tira o escorpião da carteira e finalmente cria coragem para comprar aquele sapato que você está namorando há meses, mas sabe que é caro demais para o seu orçamento... E se pá, ainda rola aquela viagenzinha com os amigos ou com a família para algum lugar bem bacana. Sem falar no panetone, no peru, na rabanada, e nas toneladas de chocolate sem culpa que você se permite comer, para só se arrepender lá pelo dia três de janeiro... Enfim, Natal é uma data em que quase tudo é permitido. E em que as melhores histórias acontecem. Inclusive as mais inacreditáveis...
Pinheirinho que alegria! Trá lá lá lá lá, lá lá lá lá... Sinos tocam noite e dia...
– Nossa, quanta animação logo cedo! – comentou Cristiana, entrando na sala do apartamento, ao me ouvir cantando na cozinha enquanto virava as panquecas para o café-da-manhã de Natal. – Tem mais alguém aqui?
– Comigo, não. Com você...?
– O Pedrão só vem mais tarde. Mas, e aí? Qual é o motivo de tanta animação?
– Como assim? É Natal!
– É, mas para você amanhecer assim, cantando... A que horas o seu bofe vai chegar?
– Já te falei que não tem bofe nenhum!
Nesse momento, enquanto eu tirava as panquecas da frigideira, a campainha tocou. Cristiana foi atender, e depois de falar durante aproximadamente um minuto com alguém que começou perguntando por mim, ela fechou a porta, e trouxe uma cesta enrolada em celofane transparente, com um laço vermelho, até a bancada da cozinha. Dentro dele havia um ursinho de pelúcia branco.
– O Ninguém te mandou isso aqui – disse ela, com aquele sorriso “te peguei” no rosto.
Coloquei o prato de panquecas na mesa, e fui abrir meu presente, um tantinho constrangida. O ursinho tinha um cachecol vermelho e dourado no pescoço, com um pequeno enfeite natalino no centro, e um gorrinho vermelho. Ao redor dele, preenchendo o conteúdo da cesta, dezenas dos meus bombons favoritos.
– E aí? – insistiu Cristiana. – Ninguém tem nome?
– Amor, a fantasia é sua! – Eu não iria dar o braço a torcer. – Escolhe qualquer nome: Fulano de Tal, Sicrano de Etecetera, Beltrano de Assim Por Diante...
– Ahã! – Ela ergueu meu ursinho da cesta e começou a movê-lo diante do meu rosto, fazendo uma vozinha tola, como se ele estivesse falando: – E quem me mandou para você foi o Fulano de Tal, o Sicrano de Etecetera, ou o Beltrano de Assim Por Diante?
– Os três!
– Ok! Fica aí escondendo o jogo! Mas eu aposto que até o fim da noite eu consigo descobrir quem é esse teu bofe.

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Quem é o Cantor?!

em segunda-feira, 12 de dezembro de 2016



Dezembro é um mês de retrospectivas, e esse retrospecto me fez lembrar uma lista que eu tinha preparado de possíveis assuntos para o blog, que, por alguma razão, continuam somente no projeto. Daí, verificando a lista, eu encontrei esse assunto que nos leva a mais uma retrospectiva interessante: a das canções que grudaram em nossas cabeças, e acabaram fazendo mais sucesso que seus intérpretes.
Sabe aquelas canções que a gente canta sempre que ouve, ou lembra por qualquer ou nenhum motivo, mas, não raramente, não sabemos ou não lembramos de quem é, ou, no mínimo, não fazemos ideia de que fim levou o artista? Então... É disso que vamos falar, dos famosos "one-hit wonders": os artistas de um único sucesso.
Dava para fazer uma lista bem longa, mas aqui relacionei apenas onze (que, na verdade são quatorze, como perceberão), que, na minha opinião, são os One-hit Wonders brasileiros mais marcantes, ou que têm uma história mais legal – ou que me remetem a uma história mais legal.
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