♪ Parabéns Pra Você, Eu Só Vim Pra Te Ler, O Presente Que é Bom Esqueci de Trazer ♪

em quinta-feira, 1 de junho de 2017

Parece que foi ontem que escrevi a primeira postagem desse blog, e vejam só: o Admirável Mundo Inventado está completando 5 anos!
Desde que inaugurei esse espaço, nunca fiz uma postagem de comemoração no aniversário do blog, mas cinco anos é uma data que não dá para deixar passar em branco. Afinal, sobrevivemos a meia década na internet! Quantos blogs duram isso hoje em dia? Quer dizer, fora aqueles que ganham dinheiro com isso...
Enfim... Passei a semana toda matutando o que eu poderia postar para comemorar essa data especial. Comecei a revirar as postagens antigas, e percebi quanta coisa boa já passou por esse meu Admirável Mundo Inventado. A princípio, o blog não tinha uma identidade definida – nem mesmo um propósito definido. Eu apenas escrevia resenhas sobre os livros e os filmes que eu gostava, mas depois achei que precisava torná-lo mais divertido.
E foi quando meu blog finalmente saiu da zona de dez acessos mensais – sendo que nove deles provavelmente eram meus –, e finalmente começou a ganhar público.
Então, acho que a melhor maneira de comemorar esses cinco anos, é contando um pouquinho dessa trajetória, relembrando os personagens bacanas que já habitaram esse espaço. Afinal, chama-se Admirável Mundo Inventado por um motivo: este é o lugar onde todas as boas histórias da ficção – sejam filmes, séries de TV, livros ou desenhos animados – se encontram.
O nascimento real do blog só aconteceu em meados de setembro de 2012, quando postei a review do primeiro filme da saga Crepúsculo. Foi a partir daquela postagem que o blog ganhou uma identidade. Portanto, não tenham dúvida sobre o relacionamento profundo que tenho com a saga dos vampiros purpurinados, pois, se eu não morro de amores por aquele elenco e aqueles filmes – minha relação com os livros é infinitamente mais feliz –, também não posso negar que eles tiveram grande relevância na história desse espaço virtual tão amado.
Sim, a história do Admirável Mundo Inventado começou com essa garota atrapalhada, que é chegada numa presa afiada, vampiros cintilantes e lobisomens bombados, que gosta de se colocar na boca dos monstros – literalmente –, e arrumar contusões extremamente difíceis de explicar, e que, por alguma razão, seu pai, o chefe de polícia local, não se preocupa muito em verificar.


Rolou até polêmica com essas postagens, quando uma fã revoltada interpretou equivocadamente o texto – ou não se deu  trabalho de ler a história toda –, e achou que eu estava falando mal da saga.
Cá entre nós, não sei de onde foi que ela tirou essa ideia...
Cenas de Crepúsculo, Lua NovaEclipse e Amanhecer – Parte 1 e Parte 2
Coloque em contexto e vão ver como faz sentido.
Brincadeiras a parte, foi quando eu descobri que tinha mais leitores do que pensava, porque rapidamente o povo saiu em defesa do meu estilo tresloucado de recontar a trama, aumentou a audiência das continuações, e o resto é história... No fim, a revolta dessa leitora se tornou mais um capítulo maluco nos anais desse blog.
Depois do sucesso da saga Crepúsculo versão deu a louca na blogueira, foi a vez da minha franquia favorita, Piratas do Caribe, ganhar uma versão maluca para chamar de sua.
Em quatro postagens individuais, contamos toda a trajetória de Jack Sparrow, o pirata engenhoso, que queria recuperar a posse de seu antigo navio, após sofrer um motim liderado por seu Imediato, que logo depois de passá-lo para trás e largá-lo para morrer numa ilha deserta no meio do nada, caiu do castelo de popa ao descobrir que o tesouro roubado junto com o navio era amaldiçoado. A tripulação passou os anos seguintes tentando devolver o tesouro e restituir o sangue corrompido para poder voltar a beber seu rum e comer suas maçãs na santa paz, sem virar esqueletos ao luar, mas encontraram dificuldades em descobrir quem era o filho verdadeiro do pirata descartado cujo sangue precisavam para se livrar da maldição, pois a mocinha do filme, num ato de extrema infelicidade, tentando esconder o fato de ser filha do governador, e portanto, uma refém valiosa, apresentou-se com o sobrenome do pirata que procuravam.
Aliás, parte do sucesso da franquia se deve ao fato de terem uma mocinha que estava muito longe de ser uma donzela em perigo, e conhecia o código pirata como ninguém – e que passou metade da franquia enfeitando a testa de seu noivo, até protagonizar com ele um dos casamentos mais marcantes da ficção, que foi tema de outra postagem de sucesso aqui do blog. A outra parte se deve aos seus personagens excêntricos como o Capitão Barbossa, um pirata perverso, que geralmente não comete nenhum ato hediondo, a menos que alguém lhe roube uma perna torta e cabeluda; Tia Dalma, a bruxa esquisita que nunca conheceu os produtos Jequiti, e que, reza a lenda fez Davy Jones perder a cabeça... Ou melhor, o coração. E não vamos nos esquecer do próprio Jack Sparrow, que provavelmente é o melhor de todos os personagens de Johnny Depp – e olha que ele tem uma pancada de personagens marcantes.




Com o fim da trilogia inicial, Jack Sparrow teve que buscar novos horizontes, o que o levou a embarcar no navio de Barba Negra, e se aventurar com sua tripulação em busca da lendária Fonte da Juventude. E esta aventura ainda colocou Jack no caminho de um amor do passado, uma mulher que ele desgraçou, e que, por uma infeliz coincidência do destino, descobriu ser filha do pirata mais temido daqueles tempos. Aliás, Johnny Depp e Penélope Cruz, na minha opinião, formam um dos casais mais divertidos da ficção nesse filme. Muito melhor do que em Profissão de Risco.
 
Aliás, falando em Barba Negra, o fantasma dele reencarnou aqui no blog no ano passado. Um filme clássico da Disney, esquecido por tempo demais no fundo do baú de tudo quanto é emissora de TV, O Fantasma do Barba Negra conta a história de um sujeito chamado Steve Walker, que foi à pequena e fictícia cidade de Godolphin para treinar o time de atletismo da Universidade – um desafio que, por si só, prometia deixá-lo maluco. Não bastasse isso, em sua primeira noite na cidade, ele arremata num leilão um antigo braseiro que pertenceu à décima esposa de Barba Negra, Aldetha Teach, que de acordo com as lendas, era uma bruxa, e amaldiçoou o pirata a ficar preso no limbo até que o inferno congelasse, ou porcos criassem asas, ou ele se arrependesse de suas maldades e praticasse um ato de caridade, o que acontecesse primeiro. E justamente dentro do cabo desse braseiro, Walker encontrou um pergaminho com um feitiço para invocar almas presas no limbo. Daí, adivinha o que aconteceu? Barba Negra apareceu para dar um nó nas ideias do simpático treinador.
A partir daí, o fantasma do pirata provoca um sem-número de confusões na vida do sujeito, em sua tentativa de ajudar a salvar a taverna das velhinhas que descendem de sua tripulação, e que está para ser confiscada por um mafioso, caso a hipoteca não seja paga em curto prazo, e de unir o treinador com a simpática professora que ele vem paquerando desde que chegou.
Aliás, as armações do fantasma gerou algumas cenas engraçadas que tornam ainda mais terrível o fato de esse filme ter caído no esquecimento.
Ouçam o que eu digo: esse é um dos melhores filmes de todos os tempos!


Seguindo nas aventuras de capa e espada, contamos aqui as aventuras de um jovem gascão filho de Poseidon, que um belo dia entrou para a quadrilha de Athos, Porthos e Aramis, que deu muita dor de cabeça para o Cardeau Richelieu, durante o reinado de Louis XIII, de França. Reza a lenda, que numa certa feita, esses quatro arruaceiros desceram o sarrafo em quarenta guardas do cardeal! Mas, como a fofoca corre, e quem conta um conto aumenta o ponto, podem muito bem ter sido quatrocentos...
O mais interessante nessa nova saga dos Três Mosqueteiros, foi o motivo que começou a confusão toda.
Ou vai ver isso era só um pretexto para neguinho não assumir logo de cara, e antes da entrevista de emprego, que era um arruaceiro.
 
E disparado a série mais lida aqui no blog também é uma aventura de capa e espada: a novela colombiana Zorro – A Espada e a Rosa, que contava as aventuras do herói mascarado da Califórnia, que se apaixonou por uma das filhas do Governador, mas acabou sendo obrigado a se casar com a outra, só porque a malvada tinha implicância com a irmã, porque, segundo ela, seu suposto finado ex-noivo a deixou por Esmeralda. Mas entre um conflito pessoal e outro, os mocinhos arrumavam tempo para lutar contra o crime, e, principalmente, contra os desmandos do Comandante Montero.
Saindo das aventuras de capa e espada e entrando no lobby das comédias de horror, temos O Jovem Frankenstein, um clássico do diretor Mel Brooks, protagonizado pelo lendário e saudoso Gene Wilder. O filme em si já é uma paródia, com piadas inteligentes, tanto verbais quanto visuais.
O interessante é que algumas delas parecem sugerir que Roberto Gomez Bolaños colaborou com o roteiro.
Isso, ou Mel Brooks deu uma plagiada básica no Chapolin Colorado. Como não quero levantar polêmica em cima de ninguém, vamos chamar aqui de licença poética.
E por falar no Supergênio do humor, em 2014, poucos meses antes de sua morte, eu fiz uma série de postagens em homenagem a Bolaños, que chamei de Galeria Chespirito – uma honra concedida somente a este mestre que recheou de risadas a minha infância, minha adolescência, e minha vida. Ali eu comentei suas séries menos conhecidas no Brasil – que atualmente, como o SBT criou vergonha na cara e recolocou o Clube do Chaves no ar, têm sido exibidas nas tardes de segunda a sexta.
Começamos com Chômpiras (Chaveco, na dublagem do SBT), o ladrão que, depois de se regenerar, tornou-se carregador de malas no Hotel Boa Vista, junto com seus amigos e ex-parceiros de crimes Botijão e Chimoltrúfia – de longe a personagem mais engraçada e marcante desse esquete.
Em seguida homenageamos Pancada Bonaparte, aquele cidadão que as pessoas insistem em dizer que é tão louco quanto seu amigo Lucas Pirado, mas eles não estão nem aí para essas fofocas.
Em seguida foi a vez do médico mais barato da cidade, especialista em cobrar adiantado, e que carrega por aí um misterioso saquinho recheado sabe Deus com o quê. O curioso é que o Dr. Chapatin iniciou e encerrou a trajetória do Programa Chespirito, em seus vinte e cinco anos de produção. Ele foi o primeiro personagem criado por Bolaños, que antes de dar consultas num consultório barato, ocupava a cadeira do meio na mesa quadrada, um quadro do programa Sábados de la Fortuna, intitulado Os Supergênios da Mesa Quadrada, que em 1970 se tornou uma espécie de bancada e principal quadro do Programa Chespirito. O programa saiu do ar em 1973 para dar lugar aos seriados Chaves e Chapolin, e retornou após o fim das duas séries, em 1980, sendo produzido até 1995. O último episódio do programa inicia com um esquete do Dr. Chapatin, comprovando a longevidade e sucesso do médico, que também foi o personagem que mais passeou pelos outros esquetes de Chespirito.
O último homenageado foi precisamente o meu esquete favorito do Programa Chespirito: Dom Caveira, o dono da funerária Pompas Fúnebres, que tem um fraco por belas viúvas, empregadas de viúvas e xícaras de chocolate – não necessariamente nessa ordem. Pena que o esquete tenha durado tão pouco: foram apenas sete episódios, já no finalzinho do Programa Chespirito, que esporadicamente, pretendo resenhar por aqui.
Na última postagem dessa galeria, tracei uma linha do tempo, contando toda a trajetória do Programa Chespirito desde sua estreia em 1970, até seu término em 1995, inclusive contando curiosidades das famosíssissississíssimas séries Chaves e Chapolin, e outras séries que nunca foram exibidas no Brasil.
Sem esquecer o texto que escrevi em homenagem a esse admirável gênio do humor na ocasião de sua morte, que intitulei A Menina, Seu Amigo e o Mestre.

Durante o especial Halloween Animado em outubro passado, tivemos ainda quatro episódios de Chespirito: primeiro, o Chapolin descobriu que A Casa Dada Não Se Contam os Fantasmas.
E o Chaveco, coitado... Descobriu que Um Diabo Embaixo da Cama Incomoda Muita Gente...
E o Pancada Bonaparte chegou à conclusão de que Toda Bela Tem Um Tio Que É Uma Fera.
Já repararam que eu sou chegada numa paródia musical, né?! Dia desses eu conto pra vocês as paródias que fizeram sucesso com os amigos na Copa do Mundo, e o novo-velho hino do PSG, ao som de Valesca Popozuda...
Mas voltando ao aniversário do blog, outubro é sempre um mês movimentado no Admirável Mundo Inventado por causa do Halloween. Já contei a história dessa festa e dos personagens relacionados a ela, como bruxas, vampiros – incluindo lendas de vampiros de verdade que, supostamente, foram vistos por aí –, lobisomens, e Jack O’Lantern, a famosa abóbora do Halloween, no especial Gostosuras ou Travessuras?

No Halloween Animado do ano passado, além dos episódios de Chespirito, fiz uma maratona de desenhos animados com essa temática, que incluíram – diretamente do fundo do baú – Onde Está Wally? ajudando um vampirinho deprimido a se transformar num menino de verdade; Scooby-Doo espantando uma bruxa carnavalesca; a turma de Hey, Arnold! se borrando de medo do Cocheiro Sem Cabeça; os Contos da Cripta nos levaram por uma viagem “assustadora” a bordo do Expresso da Transilvânia; Beetlejuice, o fantasma que nos diverte, demonstrou ser Uma Babá Nada Perfeita; e Linus, melhor amigo do Charlie Brown, passou mais uma noite de Halloween ao relento aguardando a passagem da Grande Abóbora...
E num passado bem mais distante, também pintou por aqui aquela família que, transcrevendo literalmente a forma como os descrevi, é constituída por um patriarca excêntrico e apaixonado por sua esposa, que tem uma incrível obsessão por plantas carnívoras e obras de arte bizarras; filhos que, como todas as crianças “normais”, têm o costume de torturar um ao outro com instrumentos afiados e cadeira-elétrica; um tio com enorme predisposição a explosivos, que parece ter sido herdada por Simas Finnigan, um dos alunos da Grifinória – misturando propositalmente duas séries famosas; uma avó que, embora seja uma personagem secundária, tem um vasto conhecimento das artes mágicas e encantamentos; um mordomo que veio de uma linhagem ilustre de criaturas feitas a partir de pedaços de cadáveres, que ganharam vida graças a uma engenhoca desenvolvida por um cientista alemão; um mascote que foi decepado do Capitão Gancho pelo Crocodilo em uma de suas viagens pela Terra do Nunca; e o parente mais próximo viveu durante muitos anos na cabeça de Axl Rose...
Será que eu estou falando da família Silva?

Claro que não, né! Só pode ser A Família Addams!
E não vamos nos esquecer daquele clássico da sessão da tarde dos anos 80 – que algum tradutor bitolado intitulou Deu a Louca Nos Monstros –, The Monster Squad, resenhado no especial de Halloween de 2014. O filme segue um grupo de crianças aficionadas por histórias de monstros, que tomou para si a responsabilidade de salvar a cidade quando Drácula e sua gangue decidiram atacá-la. Acho que o grande barato desse filme foi reunir alguns dos mais marcantes monstros da Universal Pictures – Drácula, Frankenstein, a Múmia, o Lobisomem, e o único brasileiro da trupe, o Monstro da Lagoa Negra – na mesma comédia. Sem falar no caçador Abraham Van Helsing, que falhou em sua missão de matar Drácula e levá-lo com seus monstros para o inferno. Mas agora os garotos têm uma segunda chance de concluir a nobre tarefa de Van Helsing – isto é, se eles conseguirem encontrar alguém que se enquadre nos requisitos para recitar o feitiço em alemão e abrir o portal para o esquecimento.

 
Ainda nos especiais de Halloween, também tivemos alguns filmes mudos no blog – alguns literalmente, outros, entendam, sem fotos legendadas, porque alguns filmes precisavam ter suas histórias contadas sem alterações. Alguns exemplos dessa safra foram Van Helsing – O Caçador de Monstros, equivocadamente classificado como terror, com uma história extremamente inteligente, misturando diversos monstros clássicos da literatura britânica do século XIX; O Corvo, aquele maravilhoso suspense de ação protagonizado pelo inesquecível Brandon Lee, que literalmente deu a vida por sua arte; A Dama de Branco, onde um garoto que foi vítima de um trote dos colegas idiotas acaba sendo visitado pelo fantasma de uma garotinha e descobrindo a trilha de um assassinato, além de se deparar com a lendária Dama de Branco, que não é bem um fantasma nessa versão. E os inesquecíveis Monstros da Universal Pictures: Drácula, com o inigualável Bela Lugosi; Frankenstein, em que Boris Karloff deu ao monstro o rosto que fez o mundo inteiro esquecer a aparência original criada por Mary Shelley; A Múmia, também interpretada por Boris Karloff, numa versão muito diferente da aventura estilo Indiana Jones protagonizada por Brendan Fraser; e as memoráveis mil faces de Lon Chaney, trocando de rosto para dar vida a cada monstro que interpretava, como O Corcunda de Notre Dame e O Fantasma da Ópera.
Mas nem só de Halloween vive o Admirável Mundo Inventado. Também tivemos algumas doses de romance – ou melhor, de comédias românticas – por aqui, a começar pelo meu favorito do gênero, Enquanto Você Dormia, onde Sandra Bullock, sem querer querendo, fica noiva de Peter Gallagher. O problema é que o bonitão está em coma, e não faz ideia de que está noivo da mocinha, e enquanto ele hiberna em plena semana do natal, ela vai arrastando uma asa para o seu irmão Jack. Nada muito complicado, exceto que Peter acorda, e, convencido de que está com amnésia, pede a moça em casamento “de novo”, e como o cunhado não teve coragem de encarar os supostos chifres do irmão, não tendo nada melhor para fazer com sua vida, ela decidiu levar a confusão até o altar.
Mas é claro que Peter também esqueceu de contar um detalhezinho à sua “noiva”.
E não vamos nos esquecer do nosso Adorável Sedutor, um homem que ficou conhecido como o maior amante de Veneza. O filme conta a história de Casanova, interpretado pelo saudosíssimo Heath Ledger, que, depois de ter alguns problemas com a inquisição, por causa de sua mania de fazer caridade no convento das freiras, é coagido a se casar e sossegar o facho. Para cumprir sua sentença, ele escolhe a mais improvável das noivas, Victoria Donato, uma mocinha que é conhecida por seu suposto recato, mas que, como perceberão na review, de santa não tinha nem a cara.


O problema é que a escolha da noiva aconteceu pouco antes de Casanova conhecer a mulher que arrebataria seu coração – nesta comédia romântica, pois sabe-se que o Casanova real nunca se amarrou a ninguém –, Francesca Bruni, uma mulher revolucionária, que costumava publicar textos polêmicos em favor dos direitos das mulheres com o pseudônimo Bernardo Guardi, o segundo homem mais procurado pela inquisição – o primeiro era Casanova.

A partir daí, Casanova elabora uma infinidade de planos mirabolantes para se aproximar, conhecer e conquistar a geniosa Francesca, inclusive passando-se pelo noivo desconhecido com quem ela tem um compromisso arranjado, que acabou tendo que se conformar em ficar com a sogra.
Ownnnn!!!!

No hall de brasileiros no blog, tivemos o conto de fadas nordestino protagonizado por Lisbela e o Prisioneiro, e o retrato colorido da corrupção pintado com muita inteligência e humor escrachado em Caixa 2.


Os contos de fadas também bagunçaram a beça por aqui, começando pela divertida releitura de Branca de Neve protagonizada por Lily Colins em Espelho, Espelho Meu, que aqui ficou conhecida como a saga de nossa querida e amada Sobrancelha, em que a Rainha Má estava louca para pôr as mãos – literalmente, e com toda saliência – no príncipe da mocinha, fez um tratamento de beleza bizarro, e foi quem acabou ganhando o primeiro pedaço da maçã envenenada...
Aliás, permita-me fazer um comentário sobre essa nova mania da Disney de escalar grandes divas do cinema como vilãs nas novas versões de contos de fadas. Julia Roberts e Charlize Theron vestiram a pele da Rainha Má da Branca de Neve, Cate Blanchett virou madrasta da Cinderela, Angelina Jolie desfilou por aí com os chifres da Malévola... Pelo andar da carruagem, quando filmarem uma versão live-action de A Pequena Sereia, quem interpretará Úrsula? Aposto na Halle Berry...

Mas voltando aos contos de fadas e suas confusões, tivemos também as quatro primeiras temporadas – a quarta ainda incompleta, e a primeira extremamente resumida – de Once Upon a Time, aquela série que algumas pessoas dizem que é para crianças, mas que já fez a Mulan se apaixonar por uma princesa dorminhoca, antes de se envolver num triângulo amoroso com a Chapeuzinho Vermelho e a Dorothy; e que, não muito tempo depois exibiu um efeito especial, no mínimo, inconsequente, para fazer o nariz do Pinóquio crescer... Aquela série onde os roteiristas pautam os contos de fadas com doses e mais doses do melhor uísque paraguaio da emissora. Onde Branca de Neve carrega um assassinato nas costas, e conheceu seu Príncipe nas bocas da Floresta Encantada; e o Príncipe, na verdade, não era príncipe coisíssima nenhuma, mas um usurpador obrigado a ocupar o lugar do bastardo morto filho do Rei George.
Uma série onde a filha da Branca de Neve divide um filho com a Rainha Má, e noutros tempos, as duas costumavam dividir também o namorado.
Aliás, falando na Salvadora, essa mulher começou a série botando chifres na Regina, mas ficou bem quietinha sobre o pai de seu filho ser o filho do Senhor das Trevas – até porque, ela não estava sabendo ainda do passado sórdido do rapaz, e muito menos que o fulano tinha mais de duzentos anos de idade. E agora que mencionei esse fato... Como a Emma gosta de velharia, hein! Porque seu atual noivo, Capitão Gancho é pelo menos vinte anos mais velho que o pai de seu filho! Ah, é: e ela também andou namorando um macaco-voador. Gosto não se discute...

 
Sem falar na Belle, a rata de biblioteca que não tem o mesmo glamour da Emma Watson, e gosta de devorar tanto livros quanto grandes canecas de cerveja; e se eu começar a esmiuçar os pecadinhos de cada personagem dessa série, deixarei os espíritos dos Irmãos Grimm horrorizados.
Aliás, segure os Irmãos Grimm na linha que eu já vou falar deles.

Porque antes eu preciso fazer mais um comentário sobre Once Upon a Time: esta série é, indiscutivelmente, sustentada por uma personagem, Regina Mills, a outrora Rainha Má, que, mesmo depois de se regenerar, e provar por A+B+C+D+o Alfabeto Inteiro que deixou seu lado vilão para trás há milênios, continua comendo a maça envenenada que as princesas rejeitaram – ou, mais provavelmente, o papel do bombom de maconha que os roteiristas amassaram –, e não consegue um tiquinho de felicidade sustentável nesse conto de fadas. A mulher teve um noivo assassinado por causa de uma fofoca da Branca de Neve, passou um tempo fazendo o xerife de brinquedinho noturno para tentar aquecer suas noites frias, e quando finalmente parecia ter encontrado seu final feliz, teve que abrir mão dele por causa de uma trapalhada da Salvadora, que inadvertidamente trouxe a mulher dele de volta dos mortos, e a doida arrumou um jeito de cruzar o caminho de uma vilã gelada que a transformou em sorvete de vadia, o que levou Robin Hood, o grande amor de Regina, a deixar a cidade, e consequentemente sua amada, para cuidar da mulher e do filho numa terra sem magia, onde ela poderia viver sem raspas de gelo no cabelo, e quando voltou, depois de uma temporada se dividindo entre Camelot e o Mundo Inferior, o coitado acabou tendo a alma aniquilada pelo Hades! Gente, que ódio todo é esse que os roteiristas têm pela nossa Rainha?! Pelamor... Deixa a coitada ser feliz um pouquinho!
 
Tão linda e tão triste a história da nossa Rainha...
Agora sim, voltando aos Irmãos Grimm, eles e seus compatriotas também foram homenageados aqui no blog, com quatro episódios da série alemã Sechs auf einen Streich (em tradução literal: Seis de Uma Vez Só; ou como foi exibida no Brasil: Os Melhores Contos de Grimm – apesar de exibir contos de outros autores também). dos quatro contos resenhados no blog, três não eram muito conhecidos no Brasil:
Os Sapatos Gastos de Tanto Dançar conta a história de um ex-soldado de uma terra distante, que agora ganha a vida exibindo teatro de fantoches pelas aldeias e pedindo donativos ao público, e que aceita o desafio de passar três noites no castelo do rei, tentando descobrir o que as doze princesas fazem de madrugada para que seus sapatos amanheçam furados todos os dias. Se não conseguir descobrir, será enforcado. Simples assim.
Mas ninguém contava com a astúcia do nosso herói, que ganhara de presente de uma velhinha que ele ajudou na estrada a capa da invisibilidade do Harry Potter, e o alerta de que não deveria aceitar o vinho que as princesas levariam para ele à noite, pois fora preparado com sonífero. Assim, o bonequeiro pôde seguir as princesas, descobrir sua travessura, e se apaixonar por uma delas.


Em A Esperta Filha do Camponês, um rei entediado com a burrice de suas princesas pretendentes, e pressionado por uma lei que o forçava a se casar antes dos trinta anos, ou perderia o trono para o primo banana e sua esposa megera, decidiu desposar a filha de um camponês que conseguiu desvendar um de seus enigmas malucos. O problema foi que ela acabou se mostrando mais esperta do que ele gostaria.
Dos contos pouco conhecidos O Rei Bico de Tordo é o meu favorito dessa série, e, aparentemente, também é o favorito do público do blog. Ele conta a história da Princesa Isabella de Gerânios, muito mimada e muito orgulhosa, que, depois de desacatar uma sala cheia de príncipes em seu banquete de pretendentes, é punida pelo pai e obrigada a se casar com um menestrel.
Sim, muito triste. Mas há uma tramoia por trás disso, da qual o rei não tinha conhecimento quando expulsou a filha do castelo.

Esse menestrel, muito bonzinho, por sinal, tenta agradá-la da melhor forma que pode, dentro de suas condições “humildes”, e, mesmo ela atentando contra sua vida com uma sopa carregada no sal, intragável até para um jumento, acaba conquistando o coração da princesa.
Uma série de situações acabam levando a “pobre” Isabella a se tornar empregada no castelo de um dos Príncipes que disputara sua mão naquele fatídico banquete, e é lá que ela descobre a verdadeira identidade de seu menestrel, para surpresa até de seu pai, outrora inimigo daquele reino, que nem desconfiava que o Príncipe Ricardo de Begônia traçara um plano meio ardiloso e meio romântico para ensinar uma lição à princesinha orgulhosa. E quase deu com os burros n’água, verdade seja dita.
O único conto conhecido que resenhei nessa série é uma deliciosa ironia. Creio que, de todas as princesas e animações baseadas em contos de fadas da Disney, uma que eu nunca gostei foi a Cinderela – Bela Adormecida também não cheira nem fede, e também não sou particularmente fã da Pequena Sereia. Mas essa versão alemã é, definitivamente, minha versão favorita do conto. Ou, talvez, eu devesse dizer, a única que eu realmente A-M-E-I!

A história começa mais ou menos como todo mundo conhece: Cinderela (Aschenputtel, em alemão) é a empregada menos prestigiada e a mais humilhada na fazenda de sua madrasta, e sofre muito bullying e sua meia irmã, Anabella. Sim, aqui, a gata borralheira tem uma única irmã. Só que nessa versão, ela não conhece o príncipe no castelo, com um vestido bonito dado pela Fada Mdrinha. Aliás, essa versão não tem Fada Madrinha, nem aquela palhaçada de Bibit Bobit Bum. Neste conto, Cinderela conhece o príncipe na floresta, primeiro coberta de lama, depois coberta de farinha, e pensa que ele é um caçador.
Quando a vê no baile, o príncipe a reconhece, e sabe que ela não é uma princesa, nem mesmo uma socialite que fica estampando a capa da revista Caras. Mesmo assim, ele vai atrás dela para devolver o sapatinho – que não é de cristal – e pedi-la em casamento, e acaba se deparando com a madrasta 1-7-1, que prendeu a mocinha num alçapão na cozinha, e pretende fazê-lo levar lebre enjoada por gata borralheira.
Essa versão foi inspirada no conto dos irmãos Grimm, que é a mais legal, enquanto que a versão da Disney foi inspirada na de Charles Perrault, que é bem mais enjoativa. Nenhuma delas é cem por cento fiel, mas essa é bem mais divertida. Para mais detalhes sobre as diferentes versões deste conto, leia as curiosidades no fim da review. Aquela Cinderela tinha uma família...

Falando em séries de família, tivemos o natal da anta mais querida do Brasil... Digo, da família mais querida do Brasil, com participação especial de Tarcísio Meira interpretando o bom velhinho, que não era tão bom, nem tão velhinho assim, e que, verdade seja dita, causou um verdadeiro rebu nesse natal.
Aliás, sabe o que nasce da cruza de um louro, alto, com horror a pobre com uma anta viciada em banana? Uma mau caráter do olho junto!

Para quem gosta de comparações técnicas, revelamos aqui que o casamento naufragado de Caco e Magda realmente gerou o troca-troca de Toma Lá Dá Cá e seus divertidos personagens.
Falando em parentesco entre séries, quem veio primeiro? A galinha ou o ovo? A Feiticeira, ou Jeannie é um gênio? Duas histórias mágicas verdadeiramente geniais: nascidas mais ou menos na mesma época, com protagonistas de aparência semelhante, e roteiros essencialmente similares.

A primeira, a história da bruxinha que decidiu levar uma vida normal no mundo dos mortais, como uma típica dona de casa americana, enlouquecendo a vida de seu marido toda vez que metia seu narizinho onde não era chamada para ajudá-lo. E sua série irmã, com a história da gênia de dois mil anos que, depois de ter sido libertada pelo astronauta que encontrou sua garrafa numa ilha deserta, deu um jeito de contrabandear-se na mochila dele e acompanhá-lo até Cocoa Beach, para virar a vida dele de cabeça para baixo num piscar de olhos.
Mais recentemente, relembramos 10 Momentos Inesquecíveis de Supernatural, dos quais vou destacar dois nessa postagem:
Porque, convenhamos, ter esse feito no currículo não é para qualquer um, não. Esse Dean Winchester é o cara!

Sem falar na mãe super bem informada de Charlie Harper no especial de Dia das Mães desse ano.
Também aprendemos aqui que, apesar de contradizer o significado da palavra, há sempre uma maneira de se matar um imortal.

 
Ninguém contava também com a astúcia de certos personagens secundários, que souberam aproveitar a oportunidade de brilhar em aclamadas séries de TV, e acabaram sendo os grandes responsáveis por torná-las um sucesso.

 
Depois que eu descobri a fórmula para tornar o blog mais divertido, reeditei algumas postagens a.C. (antes de Crepúsculo, com o perdão do trocadilho), como o último episódio da segunda temporada de Pretty Little Liars, e o primeiro especial do Chaves com o elenco do SBT, incluindo nelas algumas fotos legendadas. Quem não viu, faz favor, né! Rs.
Ainda teve Vai Que Cola, Confissões de Uma Adolescente em Crise, Número 23, Nova Escolinha do Professor Raimundo, um especial com as Tirinhas de Peanuts, um tour pelo mundo da fantasia, visitando lugares fictícios maravilhosos das nossas histórias favoritas – tipo a Terra do Nunca, o País das Maravilhas, Nárnia, Terra Média, Avalon, e por aí vai... –, e também um tour de Halloween pelos lugares reais e fictícios mais conectados a histórias de bruxas e fantasmas – como Salem, Nova Orleans, Transilvânia, Sleepy Hollow, e etc.
Sem falar nos casamentos mais malucos da ficção; no pessoal que tem a boca envenenada e mata todo mundo que se atreve a beijá-los; as frases, personagens e mulheres mais admiráveis da ficção; os dubladores mais queridos do Brasil – que é, de longe, a postagem mais visualizada do blog –; ganhadores do Oscar e os azarados que mereciam, mas não levaram; os mestres da comédia pastelão – como Os Três Patetas, Charlie Chaplin, o Gordo e o Magro, Abbott e Costello –, primeiras frases marcantes em livros.
Sem falar em todas as resenhas de livros, contos, poemas e listas de canções que passaram pelo blog ao longo desses cinco anos... E não vamos nos esquecer dos meus contos autorais.
Caramba! Agora que parei para listar é que eu estou vendo quanta coisa já passou aqui pelo Admirável Mundo Inventado. E ainda não cumpri um quarto da lista cada vez maior de temas, assuntos, filmes, séries e livros que quero resenhar aqui. Ainda temos muita coisa pela frente!
Esses cinco anos do blog me mostraram o quão gratificante é escrever para um público, ainda que às vezes eles sejam tímidos e não compartilhem comigo seus comentários sobre as resenhas. O Admirável Mundo Inventado foi criado para ser um lugar divertido para se rever – ou no caso reler – histórias tão conhecidas através de uma ótica mais cômica. Sim, com todos os spoilers! (Exceto nas resenhas de livros). Mas sempre com muito bom humor e descontração. Creio que ninguém até hoje desanimou de assistir algo por ter lido a história aqui no blog. Pode até ter ficado com mais vontade, se me permitem a falta de modéstia.
Enfim, quero continuar escrevendo essas postagens divertidas. Os projetos para o blog são muitos, e eu espero poder contar com a visita de vocês pelos próximos cinco, dez, quinze anos... Enfim, enquanto o Admirável Mundo Inventado estiver no ar. Que eu espero que seja por muito tempo.
Obrigado a todos que têm acompanhado minhas loucuras nesses cinco anos. Prometo continuar a diverti-los com muito mais. Sempre aqui no meu velho e querido blog, para vocês em todo o Brasil, na Alemanha, na Rússia, na França, na índia, na Malásia e em todo o planeta Terra!

Muitos beijinhos! *-*


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